Experiência política e experiência filosófica: Marx, Adorno e a compreensão da práxis
Palavras-chave:
Marx, Adorno, Política, Consciência, Experiência filosófica, Experiência políticaResumo
No marxismo clássico, a determinação da consciência pelo ser ocorre numa concepção que enfatiza o avanço na satisfação objetiva de carências como fome e miséria. A consciência da solução de problemas leva a uma compreensão da práxis como experiência política de aparente paralisia, avessa a mudanças práticas. Mas esta é uma compreensão falsa da práxis que só interessa à perpetuação do vigente e provém da dominação resultante da sociedade baseada exclusivamente na mercantilização. Na articulação de Marx com Adorno, como exposto na Dialética Negativa, a determinação da consciência pelo ser material dá lugar a uma determinação materialista desenvolvida como experiência filosófica de um primado dialético do objeto. O objeto, prioritário na satisfação das necessidades humanas, é apreendido também como mercadoria, objeto “coisificado”. Para a revisão adorniana, a determinação da consciência deve levar em conta a produção objetiva das carências: fome e miséria já não são só situações originárias, mas resultantes do processo de acumulação de riqueza. Adorno enfatiza que, numa sociedade de abundância em que persiste a fome como resultado das relações de produção vigentes, estas devemser objeto de transformação. A experiência política deve levar em conta ambas as dimensões do objeto expostas nessa experiência filosófica: sua “face” no plano dos interesses materiais e sua “careta” no plano da mercantilização objetiva decorrente das relações vigentes. As determinações impostas pelo plano material, no âmbito da geração da sociedade e suas necessidades, não se transferem imediatamente, mas apenas de modo mediado, à práxis na sociedade, com suas mercadorias. A perspectiva da experiência filosófica possibilita a compreensão da práxis na sociedade mercantilizada como experiência política, tanto de paralisia, quanto de crítica.Downloads
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