A construção estética do Brasil e seus colapsos: Crítica, impasse e modernismos nacionais
Palavras-chave:
Brasil, modernização estética, estado populista, desenvolvimentismo, modernismo, arquitetura, pacto antropofágico, tropicalismo, modernismo sombrioResumo
A construção nacional do Brasil tem, como um de seus eixos fundamentais, o uso da modernização estética como força de redefinição do espaço, do tempo e do território. Tal construção estética tem três matrizes, três modernismos que se articulam em uma relação complexa de conflito: o modernismo arquitetônico como modernização nacional organizada no interior das perspectivas conciliatórias do estado populista, o modernismo que tenta conciliar aspirações estéticas e a formação monopolista da indústria cultural e o “modernismo sombrio” que encontramos no integralismo. Tais matrizes, de certa forma, ainda orientam nosso horizonte de expectativas sociais ou a atrofia dele. O pensamento crítico nacional é dependente da produtividade estética e de seus limites. Ele conseguirá encontrar novas figuras críticas quando o país enfim for capaz de assumir para si o projeto de uma estética consequente da irreconciliação.
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