A construção estética do Brasil e seus colapsos: Crítica, impasse e modernismos nacionais

Autors/ores

  • Vladimir Safatle Universidade de Sao Paulo

Paraules clau:

Brasil, modernização estética, estado populista, desenvolvimentismo, modernismo, arquitetura, pacto antropofágico, tropicalismo, modernismo sombrio

Resum

A construção nacional do Brasil tem, como um de seus eixos fundamentais, o uso da modernização estética como força de redefinição do espaço, do tempo e do território. Tal construção estética tem três matrizes, três modernismos que se articulam em uma relação complexa de conflito: o modernismo arquitetônico como modernização nacional organizada no interior das perspectivas conciliatórias do estado populista, o modernismo que tenta conciliar aspirações estéticas e a formação monopolista da indústria cultural e o “modernismo sombrio” que encontramos no integralismo. Tais matrizes, de certa forma, ainda orientam nosso horizonte de expectativas sociais ou a atrofia dele. O pensamento crítico nacional é dependente da produtividade estética e de seus limites. Ele conseguirá encontrar novas figuras críticas quando o país enfim for capaz de assumir para si o projeto de uma estética consequente da irreconciliação.

Descàrregues

Les dades de descàrrega encara no estan disponibles.

Referències

ARANTES, Paulo (2021): Sentimento da dialética na experiência intelectual brasileira: dialética e dualidade segundo Antonio Candido e Roberto Schwarz [recurso eletrônico]. São Paulo: [s.n]. https://sentimentodadialetica.org/dialetica/catalog/view/87/118/268

ARANTES, Otília e Paulo (1997): Sentido da formação, São Paulo: Paz e Terra.

BADIOU, Alain (2014): Logiques de mondes, Paris: Seuil.

BARDI, Lina (1994): “Um balanço dezesseis anos depois”, Tempos de grossura: o design no impasse. São Paulo: Instituto Lina Bo e P. M. Bardi.

BENSE, Max (2009): Inteligência brasileira, São Paulo: Cosac e Naify.

CHAPOUTOT, Johann (2016): La révolution culturelle nazie, Paris: Gallimard.

COSTA, Lúcio (1995): Registro de uma vivência, Empresa das Artes.

COSTA, Lucio (2018): Registro de uma vivência, São Paulo: Editora 34/Sesc.

FURTADO, Celso (2002): Formação econômica do Brasil, São Paulo: Companhia das Letras.

FURTADO, Celso (2012): Ensaios sobre cultura e o Ministério da Cultura, Rio de Janeiro: Contraponto.

GORELIK, André (2005): Das vanguardas a Brasília: cultura urbana e arquitetura na América Latina, Belo Horizonte: Editora da UFMG

LACLAU, Ernesto (2014): La razón populista, Ciudad del México: Fondo de Cultura Econômica.

OITICICA, Hélio (1968): “O herói anti-herói e o anti-herói anônimo”, https://vocabpol.cristinaribas.org/anti-heroi-anonimo/

OITICICA, Hélio (1986): Aspiro ao grande labirinto, Rio de Janeiro: Rocco.

PEDROSA, Mario (2014): Arquitetura: ensaios críticos, São Paulo: Cosac e Naify.

SALLES GOMES, Paulo Emílio (1973): Cinema: trajetória do subdesenvolvimento, São Paulo: Paz e Terra.

SANTOS, Marco Antonio (2010): Heitor Villa-Lobos: textos selecionados, Recife: Fundação Joaquim Nabuco.

SCHWARZ, Roberto (1998): Martinha e Lucrécia, São Paulo: Companhia das Letras.

WISNIK, Guilherme (2018): O Brasil condenado ao moderno: do desenvolvimentismo de Estado aos grupos contraculturais. São Paulo: FAU-USP, 2018 (Tese de Livre-Docência).

VELOSO, Caetano (1992): Verdade tropical, São Paulo: Companhia das Letras.

Publicades

2023-12-31

Com citar

Safatle, V. (2023). A construção estética do Brasil e seus colapsos: Crítica, impasse e modernismos nacionais. Constelaciones. Revista De Teoría Crítica, (15), 4–31. Retrieved from https://constelaciones-rtc.net/article/view/5275