Estética, agro-subjetivação e dominação: o exemplo do ‘feminejo’ no Brasil contemporâneo
Paraules clau:
subjetividade, análise musical, educação estética, crítica culturalResum
O presente trabalho tem o objetivo de analisar de que modo a esfera “agro” do mercado cultural brasileiro contemporâneo, a partir da vertente feminina de música, tem promovido um ajustamento dos sentidos e uma gestão da cultura por meio da indústria cultural. Parte-se da ideia de que a música é organizadora das sociedades e pode prenunciar transformações no campo da sociabilidade, da política e da economia. Estabelecendo relações entre as bases materiais capitalistas, a indústria cultural e a construção das subjetividades, discute-se, então, a partir de exemplos de músicas do gênero feminejo, acerca da gestão de insatisfações e mal estares e reintegração ajustada ao capitalismo patriarcal. As conclusões indicam que parte importante da disputa econômica e política da contemporaneidade se dá no campo estético e subjetivo, daí a relevância de uma crítica cultural que não se iluda com a aparência de realização daquilo que ainda requer transformação.
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